Palestra com Romero Machado
Tema: Relacionamento entre pais, filhos e professores
Data: 23 de novembro de 2015
Horário: 19h30min
Local: Auditório do Colégio Tiradentes
Valor: R$20,00
Ponto de venda: Colégio Tiradentes ou pelo Contato do site: www.marcioadrianomoraes.com
PROVA DE LITERATURA – FUNORTE
1 DE NOVEMBRO DE 2015
COMENTÁRIO DAS QUESTÕES DE LITERATURA, ENVOLVENDO A OBRA “PRIMEIRAS ESTÓRIAS”, DE GUIMARÃES ROSA
18 (Funorte) Todos os contos do livro Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa, foram devidamente interpretados, EXCETO:
a) FAMIGERADO: Narrativa de cunho metalinguístico, em primeira pessoa, que coloca em cena um “brabo sertanejo, jagunço até na escuma do bofe”. Um questionamento em torno do significado da palavra “famigerado” transforma em comédia o que poderia ter resultado em desgraça.
b) O ESPELHO: Este conto, estrategicamente situado no meio do livro, lança uma série de questionamentos e reflexões existenciais explorando a simbologia do espelho. O narrador, ao final, pergunta ao leitor/interlocutor: “Você chegou a existir?”
c) OS IRMÃOS DAGOBÉ: Trata-se de uma história de ódio e vingança. Derval, Doricão e Dismundo, os irmãos Dagobé, vingam a morte do primogênito Damastor, assassinado pelo pacífico Liojorge.
d) SEQUÊCIA: O destino e a travessia são os fios condutores desse conto. A vaquinha busca sua querência, a fazenda Pãodolhão; e o filho de Seio Rigério, que persegue o animal e encontra o amor, segunda filha do Major Quitério.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: No conto “Os irmãos Dagobé”, há um anticlímax. A narrativa guia o leitor para uma vingança certeira, já que é esta a regra do sertão. Entretanto, o personagem Doricão surpreende a todos ao dizer a Liojorge: “Moço, o senhor vá, se recolha. Sucede que o meu saudoso irmão é que era um diabo de danado...” (ROSA, 2001, P. 78). Assim, não houve a vingança como é anunciado na alternativa, portanto INCORRETA.
19 (Funorte) Leia os fragmentos de textos, transcritos, respectivamente, dos contos “A menina de lá” e “Partida do audaz navegante”, do livro Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa.
“Parava quieta, não queria bruxas de pano, brinquedo nenhum, sempre sentadinha onde se achasse, pouco se mexia. – “Ninguém entende muita coisa que ela fala...” – Dizia o pai com certo espanto. Menos pela estranhez das palavras, pois só em raro ela perguntava, por exemplo: - “Ele xurugou?” (ROSA, 2001, p. 67).
“Porque gostava, poetista, de importar desses sérios nomes, que lampejam longo clarão no escuro de nossa ignorância. Zito não respondia, desesperado de repente, controversioso-culposo, sonhava ir-se embora, teatral, debaixo de chuva que chuva, ele estalava numa raiva. Mas Brejeirinha tinha o dom de apreender as tenuidades: delas apropriava-se e refletia-as em si – a coisa das coisas e a pessoa das pessoas.” (ROSA, 2001, p. 168).
Marque o comentário INCORRETO, baseando-se nos excertos e nos contos como um todo.
a) Apenas a personagem Brejeirinha tematiza a relação da criança com o poético, já que as palavras proferidas por Nhinhinha eram pouco inteligíveis.
b) A relação das crianças com as palavras e com a realidade que as cerca vai ao encontro do processo criativo roseano.
c) Enquanto Brejeirinha tinha o “dom de apreender as tenuidades”, os desejos de Nhinhinha se concretizavam.
d) Invenção e imaginação diferenciam as personagens-mirins das outras personagens dos contos.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Tanto Brejeirinha quanto Nhinhinha são personagens caracterizadas pela linguagem poética. Aliás, esta é uma das principais características de Rosa em praticamente todos os seus contos. A poesia está presente de forma intensa em sua prosa. O próprio exemplo da fala de Nhinhinha: “ele xurugou” traz uma carga simbólica, que ultrapassa o sentido estrito da palavra, mesmo por que é um vocábulo neológico. O que torna a questão INCORRETA é o uso do advérbio “apenas”.
20 (Funorte) Considere os comentários sobre a estrutura dos contos do livro Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa.
I. A estrutura dos contos é fragmentada, descontínua. Mais do que a ação das personagens em um espaço determinado, importam os significados e as reflexões que se podem ler nas linhas e entrelinhas das narrativas.
II. Cronologicamente, os conflitos e ações acontecem em intervalos de tempo determinados, característica que anula o tempo psicológico e as reflexões de natureza existencial.
III. O foco narrativo oscila entre primeira e terceira pessoa. Os narradores em terceira pessoa, por sua vez, isentam-se de qualquer proximidade com o objeto narrado.
Estão corretos os comentários:
a) I e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) I, apenas.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O mais significativo em Rosa são as mensagens, as reflexões que o autor deixa em suas estórias. Em “Sorôco, sua mãe, sua filha”, por exemplo, o autor quer que reflitamos sobre o tema da “loucura”; em “A menina de lá”, a “santidade”; em “Fatalidade”, a “valentia”; em “A terceira margem do rio”, o “não-lugar”; entre outras reflexões. Há uma forte presença do tempo psicológico, que permite justamente a “rememoração”, bem como a sondagem existencial. No conto “Nenhum, nenhuma”, há uma estória narrada a partir da memória, fragmentada, descontínua. Em “O espelho”, a reflexão existencial é o crucial. Nas narrativas em terceira pessoa, o autor geralmente utiliza a expressão “a gente”, aproximando-se do objeto narrado. A relação do autor-narrador com seus personagens é de empatia, como se percebem em “A menina de lá”. As estórias se situam em um espaço determinado, ou seja, o sertão mineiro. Em alguns contos os nomes dos lugares aparecem explicitamente como "Temor-de-Deus" em "A menina de lá" ; e "Serro Frio" em "Um moço muito branco".
1ª Etapa
Dia 6 de outubro (Terça-feira)
Obras:
Tela: “A primeira missa no Brasil”, de Victor Meireles
Tela: “A primeira missa”, de Cândido Portinari
Poema: “A primeira missa”, de Cassiano Ricardo
Poema satírico: “Cartas Chilenas”, de Tomás Antônio Gonzaga
Peça teatral: “O pagador de Promessas”, de Dias Gomes
Filme: “O Aleijadinho”, direção de Geraldo Santos Pereira
Palestrantes: Camila Souza, Kennya Lima, Auíri Tiago
Local: Auditório Cândido Canela - Centro Cultural Hermes de Paula
Horário: 15h
Contribuição: 1 (um) quilo de alimento não perecível
2ª Etapa
Dia 7 de outubro (quarta-feira)
Obras:
Peça teatral: “O Demônio Familiar”, José de Alencar
Romance: “O Seminarista”, Bernardo de Guimarães
Romance “Esaú e Jacó”, Machado de Assis
“Contos Gauchescos”, João Simões Lopes Neto
Palestrantes: Manuelly Ferreira, Rennê Lopes, Marina Couto
Local: Auditório Cândido Canela - Centro Cultural Hermes de Paula
Horário: 15h
Contribuição: 1 (um) quilo de alimento não perecível
3ª Etapa
Dia 8 de outubro (quinta-feira)
Obras:
Música: “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré
Música: “Cálice”, de Chico Buarque de Holanda e Gilberto Gil
Música: “Brasil”, de Cazuza
Música: “Pacato cidadão”, de Skank
Filme: "O que é isso, companheiro", de Bruno Barreto
Teatro: "Liberdade, liberdade", de Millôr Fernandes e Flávio Rangel
Romance: "Feliz ano velho”, de Marcelo Rubens Paiva
Poesia: “Poema sujo”, de Ferreira Gullar
Contos: “Apenas rascunhos: narrativas curtas e médias”, de Andrea Martins
Palestrantes: Márcio Adriano Moraes, Francisco Lima, Luciane Mota
Local: Auditório Cândido Canela - Centro Cultural Hermes de Paula
Horário: 15h
Contribuição: 1 (um) quilo de alimento não perecível
Reúna os livros que você já leu e troque por novos livros, pois “O livro é uma das possibilidades de felicidade de que dispomos” (Jorge Luis Borges). Além da troca, estarão disponíveis para compra títulos raros e best-sellers por R$1,00; R$2,00 e R$3,00.
Entrada: R$5,00 (cinco reais)
Dia: 26 de setembro de 2015.
Horário: 17h.
Local: Rua São José, 283 A-B, Santo Expedito, Montes Claros-MG.
O poema "Meu voo palavra", do poeta montes-clarense Márcio Adriano Moraes, foi um dos vencedores do "V Prêmio Literário Portal Amigos do Livro - 2015", organizado pelo Portal Amigos do Livro (www.amigosdolivro.com.br), do Grupo Editorial Scortecci de São Paulo. O Concurso teve por objetivo descobrir novos talentos e promover a literatura brasileira. Na edição de 2015, o gênero contemplado foi a Poesia. Foram selecionados pela Comissão Julgadora 100 (cem) autores e suas poesias. Os trabalhos serão publicados em antologia, que será lançada pela Scortecci Editora no dia 12 de dezembro de 2015 no Espaço Scortecci (São Paulo, SP), no evento de confraternização de final de ano da editora.
Para a Lista completa dos vencedores acesse: Aqui!
Para ler o poema premiado: Clique Aqui!