CLASSE CULTURAL MONTES CLARENSE FAZ ESPETÁCULO BENEFICENTE RESGATE DA ALEGRIA – NATAL SEM FOME
O Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, está promovendo a campanha solidária Resgate da Alegria - Natal Sem Fome, e deseja com ela (como fazem há 24 anos consecutivos), propiciar há algumas famílias que moram em zonas carentes de Montes Claros, um Natal e uma ceia um pouco menos tristes, quando as pessoas poderão alimentar-se melhor, as crianças poderão brincar, e sonhar com um futuro menos desigual.
Cidadãos e empresas que se manifestarem através da ajuda humanitária, estarão auxiliando o Grupo - também responsável pelo Salão Nacional de Poesia Psiu Poético - a concretizar essa ação solidária.
Serão atendidas as famílias que moram na periferia da nossa cidade, que já tem dificuldades no decorrer de todo ano. E que no final do ano tem seus problemas ampliados.
As pessoas e entidades que queiram ajudar poderão encaminhar brinquedos, alimentos, agasalhos e demais donativos, de 8 as 22 horas ao Centro Cultural Dr. Hermes de Paula.
Resgate da Alegria - Natal sem Fome conta com parcerias da Classe Cultural, Prefeitura de Montes Claros, Unimontes, Centro Cultural Hermes de Paula, Igrejas, Escolas, Imprensa, Fundação Cultural Genival Tourinho e execução do Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética.
Encerrando a campanha solidária, haverá o espetáculo Resgate da Alegria – Natal Sem Fome, no auditório do Centro Cultural Hermes de Paula, dia 22 de dezembro a partir das 20:30h, onde os ingressos também serão alimentos, agasalhos e brinquedos. Participarão do espetáculo os seguintes artistas: Pedro Boi, Grupo de Literatura & Teatro Transa Poética, Élcio Lucas, Alice Melo Lopes , Karla Celene Campos, Tripulação de Veneta, Marcim da Gaita & Cibele Santana ,Marlene Bandeira, Renilson Durães, Ajax Domiciano, Sandra Fonseca, Wagner Rocha, Albino José dos Santos, Giovanne Sassá(Tambolêlê), Gabriel Lopo, Isabel Lôpo, Josecé Santos, Gabrielle Cordeiro, Elza Cohen, Felipe, Pereira, Bárbara Pereira, Augusto Gonzaga, Mirna Mendes, Bob Marcilio, Marina Couto, Bob Silva, Banda Fora da Rotta, André Águia, André Assis, Joel das Flores, Marcelo de Paula, Márcio Adriano Moraes, Marina Couto & Ricardo senne.
PAES 1ª ETAPA – 2015
Prova: 22 de novembro de 2015
Questões com Gabarito Comentado
Leia o poema A primeira missa, de Cassiano Ricardo, para responder às questões 11 e 12.
No quadro agreste da alvorada
o capelão da armada
começou a dizer uma coisa sem fim.
E vieram os papagaios
solenizados nos seus fraques verdes
ouvir aquela fala resmungada
que parecia um cântico de alvorada
dito em latim.
Terra papagalorum
Stella matutina...
O capelão falava assim.
A madrugada de trança amarela
paramentou-se atrás do morro
com o seu lençol feito de bruma
e veio a correr pelos campos
trazendo ainda no cabelo
uma porção de pirilampos;
o rio listado de espuma
com a barba branca da cachoeira
resmungou qualquer coisa profunda
num socavão da cordilheira.
Depois que acabou a missa
mulheres nuas e homens nus
saíram por ínvios barrancos
levando o sinal da cruz.
(A tarde vestida de roxo
tocou a flauta de um sabiá
dentro da solidão)
E quanto ao mais, foi assim:
os papagaios palradores
voltaram todos ao sertão
dizendo coisas em latim...
QUESTÃO 11
Todas as alternativas abaixo contêm leituras possíveis do poema, EXCETO
A) O tom solene do poema é coerente com o sentido de missa enquanto uma cerimônia eucarística.
B) Na quarta estrofe, a prosopopeia destaca a exuberância e a beleza da natureza, evidenciando um lugar de destaque no nacionalismo do eu lírico.
C) A participação dos papagaios nas cenas poéticas intensifica o ritual repetitivo do rito europeu, pouco compreendido pelos homens e mulheres nus.
D) A palavra “papagalorum” aproxima-se semanticamente da expressão “dizer uma coisa sem fim” e aborda criticamente o processo de aculturação.
Gabarito: A
A (incorreta) O poema não apresenta tom solene, mas satírico. B (correta) A madrugada, o morro, o rio adquirem atributos emotivos típicos do ser humano, por isso a personificação. C (correta) Os papagaios por serem animais que reproduzem os sons que ouvem, representam o a repetição do rito que obviamente não foi compreendido pelos nativos. D (correta) “Papagalorum” é uma palavra latina que significa “dos papagaios”, ilustra o uso da língua romana no processo litúrgico e de aculturação.
QUESTÃO 12
Sobre o poema A primeira missa, de Cassiano Ricardo, e a tela Primeira missa no Brasil, de Victor Meirelles, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO
A) A tela de Victor Meirelles dá destaque às intenções colonialistas do europeu, que podem ser sintetizadas em oferecer fé, lei e rei ao povo nativo.
B) As duas obras destacam a solenidade e a importância da primeira missa como elemento fundador da cultura brasileira.
C) O poema dessacraliza o rito cristão, tratado com criticidade nos versos, usando o papagaio repetidor como símbolo de irreverência e humor.
D) A tela e o poema reproduzem dois impulsos nacionalistas da nossa história: o primeiro submete o índio ao gosto europeu; o segundo revê criticamente o passado colonialista.
Gabarito: B
A (correta) A tela de Meireles procurou reproduzir a descrição da Carta de Caminha que, obviamente, ressalta o intento colonialista, assinalado pela dominação real e clerical. B (incorreta) Não há solenidade no poema, como já explorado na questão 11, o poema traz uma releitura crítica do processo de catequização. C (correta) O humor, a irreverência e a crítica estão no poema em seu conjunto, sobretudo na imagem do papagaio. D (correta) A tela de Meirelles é uma composição romântica que enaltece o aspecto nacionalista; enquanto o poema de Cassiano é uma composição modernista, de viés crítico, aos moldes da Poesia Pau-Brasil, de Oswald de Andrade.
QUESTÃO 13
Leia o fragmento abaixo, extraído de Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga:
[...]
Ora pois, doce amigo, vou pintá-lo
da sorte que o topei a vez primeira;
nem esta digressão motiva tédio
como aquelas que são dos fins alheias,
que o gesto, mais o traje, nas pessoas
faz o mesmo que fazem os letreiros
nas frentes enfeitadas dos livrinhos,
que dão do que eles trazem boa ideia.
[...]
Sobre o livro Cartas chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, e sobre o filme O Aleijadinho, de Geraldo Pereira dos Santos, é INCORRETO afirmar:
A) O poema foi escrito para satirizar as arbitrariedades de um governador da Vila Rica Colonial.
B) As narrativas, com linguagens específicas, representam um importante momento da evolução histórica do Brasil.
C) O poeta vale-se de textos históricos para criar uma poesia de inquestionável valor documental.
D) O título do poema é uma simulação do autor para deslocar de Vila Rica os acontecimentos daquele momento histórico.
Gabarito: C
A (correta) O poema de Tomás Antônio Gonzaga satiriza a figura de Cunha de Meneses, governador de Vila Rica no século XVIII. B (correta) Tanto o poema, quanto o filme trazem riquíssimas informações acerca da história oficial brasileira. C (incorreta) As “Cartas Chilenas” são composições coerentes com o momento histórico de sua produção, por isso as referências intertextuais são importantes; entretanto, o texto, por ser literário, é permeado de funções emotivas e poéticas, isto é, possui linguagens metafóricas; dessa forma, não é um poema de valor documental, mas, sim, literário. D (correta) Ao intitular a sua produção de “Cartas Chilenas”, Gonzaga atribui um falseamento em seu texto, pois se trata de Minas Gerais; no texto, os nomes de lugares e pessoas foram substituídos por pseudônimos.
QUESTÃO 14
Texto I – Primeira missa no Brasil, Victor Meireles (1861).
Texto II – A primeira missa no Brasil, Cândido Portinari (1948).
As obras Primeira missa no Brasil, de Victor Meirelles, e A primeira missa no Brasil, de Cândido Portinari, são pinturas produzidas sobre o mesmo tema e em diferentes momentos da história brasileira. As telas podem ser consideradas narrativas da primeira missa no Brasil e apresentam perspectivas, planos e personagens diferenciados. Após a leitura comparativa de ambas, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Os índios ocupam o primeiro plano da tela de Victor Meireles, cuja intenção era valorizar a cultura indígena e o encontro amigável dos europeus com os nativos.
B) A cruz e o altar estão centralizados nas duas telas, evidenciando o domínio da cultura e da religiosidade europeias na terra descoberta.
C) A tela de Victor Meirelles destaca a natureza e os indígenas como espécies de margens que coroam o europeu conquistador, centralizado na pintura.
D) O painel de Cândido Portinari retrata o rito devocional da missa cristã, mas omite o indígena, o que destaca sua desvalorização na cultura contemporânea.
Gabarito: A
A (incorreta) Apesar de haver um destaque dos índios na tela de Meirelles, não há intenção de valorizar a cultura indígena, pelo contrário, através da Missa, ressalta-se a cultura lusitana. B (correta/“ressalva”) Na tela de Meireles, a cruz está explicitamente centralizada e evidencia a religiosidade europeia; na tela de Portinari, não há a cruz explícita, ela foi suprimida; mas há o altar centralizado, com a mesma intenção de ressaltar a religiosidade europeia. Sendo a obra de Portinari uma tela que utiliza técnicas cubistas, o que se pode perceber é uma desconstrução da imagem da cruz que pode ser percebida nos elementos geométricos da tela. A questão, portanto, pode gerar uma ambiguidade, pois o leitor pode entender que existe “cruz e altar” distinguidos nas duas telas; e esse entendimento estaria incorreto. C (correta) No centro da tela de Meirelles, há destaque para os lusitanos e a celebração eucarística; enquanto a imagem brasileira (natureza e índio) funcionam como uma espécie de moldura para a imagem. D (correta) Portinari faz uma releitura crítica da tela de Meirelles, retirando o índio, como uma forma de crítica ao processo de catequização.
QUESTÃO 15
Leia o fragmento da obra O pagador de promessas, de Dias Gomes:
PADRE
Que ninguém agora nos acuse de intolerantes. E que todos se lembrem das palavras de Jesus: “Porque surgirão falsos Cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam a muitos” (GOMES, 2008, p. 128).
Sobre a obra O pagador de promessas, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO
A) A inserção da capoeira, no terceiro ato, intensifica o ritmo e a tensão narrativos.
B) O desfecho da narrativa possibilita a aproximação de Zé-do-burro ao Cristo crucificado.
C) O caráter polifônico da obra é evidenciado, entre outras coisas, nas expressões do personagem Galego.
D) Zé-do-burro é a personificação de um falso profeta que tenta enganar os fiéis católicos.
Gabarito: D
A (correta) A dinamicidade do drama ganha contornos após a atuação dos capoeiras na trama. B (correta) Ao ser colocado em cima da cruz em posição análoga a Cristo transmite o seu sacrifício para cumprir o seu propósito. C (correta) Sendo teatro, várias são as vozes que ressoam no enredo da peça. D (incorreta) Apesar de populares atribuírem a Zé uma imagem messiânica, ele é apenas um humilde homem da roça que anseia pagar sua promessa.
PAES 2ª ETAPA – 2015
Prova: 22 de novembro de 2015
Questões com Gabarito Comentado
QUESTAO 11
Leia atentamente o trecho retirado da peça teatral O demônio familiar, de José de Alencar.
EDUARDO: Por que, minha irmã? Todos devemos perdoar-nos mutuamente; todos somos culpados por havermos acreditado ou consentido no fato primeiro, que é a causa de tudo isto. O único inocente é aquele que não tem imputação, e que fez apenas uma travessura de criança, levado pelo instinto da amizade. Eu o corrijo, fazendo do autônomo homem; restituo-o a sociedade, porém expulso-o do seio de minha família e fecho-lhe para sempre a porta de minha casa. (A Pedro) Toma: é tua carta de liberdade, ela será a tua punição de hoje em diante, porque as tuas faltas recairão unicamente sobre ti; porque a moral e a lei te pedirão uma conta severa de tuas ações. Livre, sentirás a necessidade do trabalho honesto e apreciarás os nobres sentimentos que hoje não compreendes. (Pedro beija-lhe a mão)
AZEVEDO: Mas agora, por simples curiosidade, diz-me, Gamim, que interesse tinhas em desfazer o meu casamento?
PEDRO: Sr. moço Eduardo gosta de sinhá Henriqueta!
AZEVEDO: Ah!... bah!...
EDUARDO: Sim, meu amigo. Eu amo Henriqueta e para mim esse casamento seria uma desgraça; para o senhor era uma pequena questão de gosto e para seu pai um compromisso de honra. Hoje mesmo pretendia solver essa obrigação. Aqui está uma ordem sobre o Souto; O Sr. Vasconcelos nada lhe deve.
VASCONCELOS: Como? Fico então seu devedor?
EDUARDO: Essa dívida é o dote de sua filha.
HENRIQUETA: Oh! Que nobre coração!
EDUARDO: Quem mo deu?
HENRIQUETA: Sou eu que sinto orgulho em lhe pertencer, Eduardo.
(O demônio familiar, José de Alencar.)
Sobre a peça, é INCORRETA a alternativa:
A) A atmosfera da classe burguesa do século XIX é apresentada em tonalidades românticas.
B) Ideologicamente subjaz a ideia de que a escravidão não é tão maléfica, e que a relação entre patrões e escravos é cordial.
C) O papel conferido à mulher representa a subalternidade e a submissão características do patriarcalismo burguês.
D) A história dramatiza as relações familiares em que o escravo é recompensado com a alforria, em paga de seus serviços domésticos.
Gabarito: D
A (correta) Essa alternativa se justifica pelo próprio estilo literário do qual José de Alencar é representante, o Romantismo. B (cordial) O escravo Pedro se apresenta como um “membro” da família, conversa segredos com seus senhores, participa de momentos familiares; as ações de Pedro, que causam desconforto entre seus donos, não foram reprimidas com castigos corporais. C (correta) A personagem Henriqueta no fragmento deixa sua subalternidade evidente quando diz que sentirá orgulho em pertencer a Eduardo. D (incorreta) A carta de alforria, como está explícito no fragmento, é a punição do escravo, não sua recompensa; ele só recebe sua liberdade depois de ter realizado ações que prejudicassem seus senhores.
QUESTAO 12
Leia o fragmento extraído do romance O seminarista, de Bernardo Guimarães.
“Ah, celibato!... Terrível celibato!... Ninguém espera afrontar impunemente as leis da natureza! Tarde ou cedo, elas têm seu complemento indeclinável, e vingam-se cruelmente dos que pretendem subtrair-se ao seu império fatal!...”.
(O seminarista, Bernardo Guimarães.)
O fragmento acima e o livro como um todo expressam a seguinte conclusão, EXCETO
A) Na tentativa de denunciar o celibato religioso, o autor compõe um drama de amor romântico não correspondido.
B) O romance, considerado de tese, representa a vitória dos impulsos humanos sobre as leis sociais.
C) O autoritarismo paterno e a hipocrisia dos dogmas religiosos são objetos de crítica do romance.
D) A diferença de classes entre os amantes aparece também como argumento das críticas que constam do enredo do livro.
Gabarito: B
A (correta) A denúncia do celibato é um dos principais temas do romance; o amor não correspondido se refere à união de Eugênio e Margarida que não se realizou por imposições paternas; o que acarretou o fim trágico da história. B (incorreto) O romance de Alencar, de fato, ensaia um romance de tese; entretanto não há a vitória dos impulsos humanos, mas sim a vitória das leis sociais, já que a vontade dos pais se sobrepôs ao desejo do filho. C (correta) A obra pode ser sintetizada com esses dois temas: autoritarismo paterno, que obriga filho a se tornar padre, e a crítica aos dogmas religiosos, mais especificamente o celibato, que priva o homem de seu instinto humano de concretização de sua sexualidade. D (correta) Uma das razões apresentadas pelos pais do protagonista para a não aceitação de um possível matrimônio é justamente a condição social inferior de dona Umbelina e de sua filha, mulheres que viviam como agregadas na fazenda.
QUESTAO 13
O trecho que se segue, integrante do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, revela a disputa entre os gêmeos Pedro e Paulo, que era já sentida pela mãe na fase intrauterina.
De noite, na alcova, cada um deles concluiu para si que devia os obséquios daquela tarde, o doce, os beijos e o carro, à briga que tiveram, e que outra briga podia render tanto ou mais. Sem palavras, como um romance ao piano, resolveram ir à cara um do outro, na primeira ocasião. Isto que devia ser um laço armado à ternura da mãe, trouxe ao coração de ambos uma sensação particular, que não era só consolo e desforra do soco recebido naquele dia, mas também satisfação de um desejo íntimo, profundo, necessário. (Esaú e Jacó, Machado de Assis.)
Assinale a alternativa que NAO corresponde a uma leitura adequada da obra.
A) A briga dos gêmeos representa também, simbolicamente, o momento político do Brasil, que se dividia entre a Monarquia e a República.
B) O amor pela mesma mulher, a opção política oposta e as outras disputas entre os irmãos enfatizam a ambiguidade da narrativa.
C) O narrador apresenta postura irônica, crítica e reflexiva, ao contar a história dos filhos de Flora.
D) A desavença entre os irmãos recompõe alegoricamente a mesma história bíblica dos irmãos Esaú e Jacó.
Gabarito C
Gabarito oficial: D (cabe recurso)
A (correta) Esse é o principal tema da narrativa, Pedro representa a Monarquia, e Paulo representa a República. B (correta) Como o próprio título da obra sugere, a obra é bipolar, metaforizada nas pessoas de Pedro e Paulo. C (incorreta) Os filhos gêmeos, Pedro e Paulo, são filhos de Natividade; Flora é a mulher pela qual os dois se apaixonam. D (correta/incorreta) Esaú e Jacó, biblicamente, foram dois irmãos gêmeos que brigaram pela primogenitura e se tornaram, cada qual, os patriarcas de grandes nações, o primeiro dos edomistas, e o segundo de israelistas; alegoricamente Pedro e Paulo ilustrariam a monarquia e a república. Evidentemente não é a mesma histórica bíblica, já que os dois não brigam pela primogenitura nem encenam as preferências paternas, como se vê na história de Esaú e Jacó; entretanto, considerando sua alegoria, tal afirmação pode ser considerada correta.
QUESTAO 14
Leia o fragmento crítico a respeito da obra Esaú e Jacó.
A novidade está no narrador, humorística e agressivamente arbitrário, funcionando como um princípio formal, que sujeita as personagens, a convenção literária e o próprio leitor, sem falar na autoridade da função narrativa, a desplantes periódicos. As intrusões vão da impertinência ligeira à agressão desabrida. Muito deliberadas, as infrações não desconhecem nem cancelam as normas que afrontam, as quais entretanto são escarnecidas e designadas como inoperantes, relegadas a um estatuto de meia-vigência, que capta admiravelmente a posição da cultura moderna em países periféricos. Necessárias a essa regra de composição, as transgressões de toda sorte se repetem com a regularidade de uma lei universal. A devastadora sensação de Nada que se forma em sua esteira merece letra maiúscula, pois é o resumo fiel de uma experiência, em antecipação das demais regras ainda por atropelar. Quanto ao clima artístico de época, este final em Nada, é uma réplica sob outro céu, do que faziam os pós-românticos franceses, descritos por Sartre como os ‘cavaleiros do não-ser’. (SCHWARZ, 2004, p. 9).
Assinale a alternativa INCORRETA, tomando por base o fragmento acima e a leitura do livro.
A) A obra machadiana, por estar em consonância com o clima artístico da época, apresenta um narrador que julga os personagens segundo a ótica da moral burguesa do século XIX.
B) O narrador permite-se intrometer no discurso narrativo, no qual deixa evidente sua visão cética, crítica e debochada.
C) O niilismo acentuado marca as relações entre os personagens, que atuam conforme as regras de uma sociedade complacente com a classe dominante e excludente no tocante aos menos favorecidos.
D) A mistura entre a esfera privada e a pública permite inferir que há, no romance, certo grau de determinismo, visto que a ação e a reação de alguns personagens são pautadas pela influência do meio.
Gabarito: A
A (incorreta) Mesmo publicada no início do século XX, a obra traz heranças realistas; sendo assim, o narrador foge à ótica moral burguesa, típica do romantismo; assumindo uma visão denunciativa e crítica das relações sociais burguesas. B (correta) O narrador participa da história, ora se interagindo com as personagens, ora se afastando dos acontecimentos para posicionar criticamente ante os fatos. C (correta) O niilismo consiste no aniquilamento das relações entre os personagens, os quais são vistos por uma ótica negativa; o jogo de interesses, o olhar depreciativo e apreciativo, dependendo da condição social, está presente nas interações sociais do enredo. D (correta) Para ilustrar essa alternativa, basta atentar-se para os posicionamentos políticos que se alternam, numa espécie de “dança”, que se deve acompanhar para se “tirar” proveito da situação.
QUESTAO 15
Leia atenciosamente o trecho introdutório da obra Contos gauchescos, de João Simões Lopes Neto.
Patrício, apresento-te Blau, o vaqueano.
− Eu tenho cruzado o nosso Estado em caprichoso ziguezigue. Já senti a ardentia das areias desoladas do litoral; já me recreei nas encantadoras ilhas da lagoa Mirim; fatiguei-me na extensão da coxilha de Santana; molhei as mãos no soberbo Uruguai; tive o estremecimento do medo nas ásperas penedias do Caverá; já colhi malmequeres nas planícies do Saicã, oscilei sobre as águas grandes do Ibicuí; palmilhei os quatro ângulos da derrocada fortaleza de Santa Tecla, pousei em São Gabriel, a forja rebrilhante que tantas espadas valorosas temperou, e, arrastado no turbilhão das máquinas possantes, corri pelas paragens magníficas de Tupaceretã, o nome doce, que no lábio ingênuo dos caboclos quer dizer os campos onde repousou a mãe de Deus...
(Contos gauchescos, J. Simões Lopes Neto.)
A partir da leitura da obra, assinale a alternativa INCORRETA.
A) O vaqueano assume diferentes posturas nas diferentes histórias que narra, e a voz narrativa alterna-se, ora na primeira, ora na terceira pessoa do discurso.
B) O vaqueiro Blau Nunes narra as histórias por meio do dialeto do gaúcho dos pampas, sem as influências da língua culta portuguesa, podendo, assim, constituir-se o primeiro exemplar de narrativa regionalista brasileira.
C) Nas narrativas, evidencia-se um profundo apreço à paisagem natural, aos animais, que interagem muito proximamente com o humano, e um esforço em celebrar o espírito aguerrido do habitante dos pampas.
D) As histórias narradas por Blau Nunes dividem-se naquelas em que ele participou efetivamente, constituindo-se narrador-personagem, e em outras que ele presenciou ou ouviu falar.
Gabarito B
A (correta) O narrador de todos os contos é Blau Nunes que ora participa ativamente das histórias que conta (primeira pessoa), ora relata os acontecimentos testemunhados ou ouvidos por ele (terceira pessoa). B (incorreta) De fato, a marca do dialeto gaúcho é o mais destacado na narrativa de “Contos gauchescos”, mas não se pode dizer que está destituída da língua culta portuguesa, nem tão pouco é o primeiro exemplar de narrativa regionalista brasileira, que possui seus traçados iniciais significativos com os escritores românticos do século XIX. C (correta) Todo o espaço dos pampas, natureza, animais e homens se mesclam num harmônico cultural. D (correta) Essa alternativa encontra sua correspondência na letra “A”.
PAES 3ª ETAPA – 2015
Prova: 22 de novembro de 2015
Questões com Gabarito Comentado
QUESTÃO 07
Leia o fragmento da musica Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandre.
[...]
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a historia na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
[...]
(Disponivel em: . Acesso em: 4 out. 2015.)
Para responder a essa questão, considere comparativamente o filme O que é isso, companheiro?, de Bruno Barreto. Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A letra da musica e o filme expressam a inutilidade das lutas, em face de uma realidade de desesperança, em que as flores estão no chão e os soldados estão armados.
b) A primeira pessoa do plural, na musica, estimula a participação conjunta e solidaria como alternativa a construção da história e tem valor equivalente ao sentido de companheiro, no filme.
c) Os verbos de ação e a passeata que abre o filme de Barreto evidenciam uma chamada a uma nova ordem social, em que todos, indistintamente, devam participar.
d) A ideia de “companheiro” esta presente na música e no filme e pode ser um índice para designar os muitos anônimos da resistência.
Gabarito: A
A (incorreta) As lutas não são inúteis, pelo contrário, tanto a música quanto o filme mostram as formas de resistência de parcela da população brasileira ante o contexto repressor. B (correta) O apelo do autor da música está justamente em “vamos”, isto é, todos somos “companheiros” e devemos lutar juntos. C (correta) É visível na letra o convite a várias parcelas da sociedade (escolas, campos, construções); no cinema, a passeata que abre o filme indica uma irmandade de várias classes sociais. D (correta) Na passeata do filme, o espectador identifica as personagens principais, enquanto uma grande massa é secundária, ilustrando toda a sociedade; também na música, por exemplo, em “escolas” entendem-se professores, alunos, pais, isto é, todos os “anônimos” que juntos formam uma resistência.
QUESTÃO 08
Leia o fragmento da musica Cálice, de Chico Buarque de Holanda, e trechos da peca teatral Liberdade, liberdade, de Flavio Rangel e Millôr Fernandes.
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silencio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta forca bruta
(HOLANDA, C. B. de; GIL, G. Calice. In: HOLANDA, C. B. de. Chico Buarque. Polygram/Philips, 1978.)
TEREZA: Cecilia Meirelles: Romanceiro da Inconfidência. (Inversão de luz. Foco em Paulo.)
PAULO: Atrás de portas fechadas / a luz de velas acesas / entre sigilo e espionagem acontece a Inconfidência. / Liberdade, ainda que tarde / Ouve-se em redor da mesa. / E a bandeira ja esta viva / E sobe na noite imensa. / E os seus tristes inventores / Já são réus – / pois se atreveram a falar em Liberdade. / Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta / que não ha ninguém que explique / e ninguém que não entenda.
(Inversão de luz. Foco só em Tereza.)
TEREZA: Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta... / Sentença contra Tiradentes.
(RANGEL, F.; FERNANDES, M. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L & PM, 2009.)
Assinale a alternativa INCORRETA.
a) A ênfase da música e dada pela repetição da palavra proparoxítona “cálice”, cuja força expressiva recai na ambiguidade sonora que se forma entre ela e o verbo imperativo “cale-se!”.
b) A peça teatral, utilizando vozes de filósofos, políticos, artistas e escritores, reforça a ideia de que a liberdade é um anseio inerente ao ser humano.
c) A força discursiva do refrão da música vai ao encontro de um excerto da peça, retirado da obra de Cecilia Meireles: ambos evidenciam o anseio pela liberdade de expressão e pensamento.
d) A intenção sacra da música está visível na recuperação da fala de Jesus Cristo, que, atualizada, remete ao sofrimento do homem na história contemporânea do Brasil.
Gabarito: D
A (correta) O mais significativo da canção “Cálice” é essa ambiguidade entre o verbo “Calar” e o substantivo “Cálice”, eis a razão para os autores utilizarem essa palavra, num contexto de censura, ou seja, em que as pessoas deveriam ficar caladas. B (correta) A peça “Liberdade, Liberdade” é um imbricado de vozes intertextuais de várias épocas da história, na qual o homem sempre buscou por manifestações de liberdade. C (correta) Tanto a música, quanto o poema de Meireles retratam instantes históricos em que seus autores/personagens clamavam por transformações sociais, em busca de liberdade política. D (incorreta) A música não tem intenção religiosa, mas sim política; o título, como ressalta a alternativa A, refere-se mais a dor do ato de calar que propriamente a dor do sacrifício de Cristo, que aqui serve de analogia.
QUESTÃO 09
Leia atenciosamente os trechos das musicas Brasil, de Cazuza, e Pacato Cidadão, do grupo Skank.
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de credito e uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual e o teu negocio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
(CAZUZA, G. I.; NEVES, E. Brasil. In: CAZUZA. Ideologia. Universal Music, 1998.)
Pra que tanta sujeira
Nas ruas e nos rios
Qualquer coisa que se suje
Tem que limpar
Se você não gosta dele
Diga logo a verdade
Sem perder a cabeça
Sem perder a amizade
Pacato Cidadão!
E o Pacato da civilização
Pacato Cidadão!
E o Pacato da civilização
Oh! Pacato Cidadão!
Eu te chamei a atenção
Não foi a toa, não
C’est fini la utopia
Mas a guerra todo dia
Dia a dia, não
(ROSA. S.; AMARAL, C. Pacato cidadão. In: SKANK. Calango. Chaos, 1993.)
Sobre as músicas, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Os textos configuram-se como manifestação de resistência as multifacetadas formas de opressões politicas.
b) As duas letras manifestam tom de descontentamento com a sociedade constituída, deixando entrever que a vida diária é uma guerra.
c) As músicas apresentam certo tom conformista, pois demonstram mal-estar com a cena politica brasileira, mas não conclamam a ação.
d) Os trechos “Brasil, mostra tua cara!” e “Pacato Cidadão” evidenciam o tom político das letras, que revelam as faces da marginalização e da exclusão social.
Gabarito: C
A (correta) As duas questões abordam um envolvimento político-social brasileiro ante os contextos de sua produção. B (correta) O próprio refrão das canções confirmam esse descontentamento; “Brasil, mostra tua cara” e “Pacato cidadão, eu te chamei a atenção”; ambas são uma indireta ao povo brasileiro e seu estado de inércia, um convite para a luta. C (incorreta) Nas músicas, os autores se mostram inconformados com a situação social, e apelam para ações efetivas da população em prol de mudanças sociais. D (correta) Todo o Brasil, com suas diferenças e igualdades, é preciso “acordar” para as transformações político-sociais.
QUESTÃO 10
Leia com atenção os fragmentos do livro Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva. Tais fragmentos referem-se a influência de Fernando Gabeira, autor do livro O que é isso Companheiro?, no jovem escritor. O livro de Gabeira ganha destaque nas telas de cinema com o filme homônimo, do diretor Bruno Barreto.
Trecho I
As aventuras do Gabeira entravam pelo meu ouvido e me faziam lutar junto. Tinha momentos em que me identificava profundamente com ele. Principalmente numa parte do livro em que ele, perseguido pela polícia, e obrigado a ficar um mês no apartamento de uma pessoa que nem conhecia. [...] Era uma situação muito parecida com a minha, preso num lugar que não conhecia, absolutamente sem fazer nada. (PAIVA, 1982, 37-38).
Trecho II
O Gabeira nem imagina o quão importante ele foi para mim. Nunca me esqueci da emoção que ele sentiu, quando, ao sair do apartamento, pegou um ônibus que vai pelo aterro, na praia do Flamengo, abriu a janela e ficou curtindo o vento batendo em seu rosto. (PAIVA, 1982, p. 38).
A partir da leitura do livro e do filme, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A menção ao livro de Gabeira pelo jovem Marcelo evidencia um esforço de construção da democracia brasileira, que principiava por uma mirada ao passado.
b) O aprisionamento físico do narrador de Feliz Ano Velho é equiparado ao exilio forçado de Gabeira, embora as circunstâncias e histórias de ambos tenham sido diferentes.
c) A descoberta da literatura ocorre para o personagem Marcelo concomitante a imobilidade física, advinda do acidente que sofrera em 1979.
d) Livro e filme revelam as tensões de dois personagens que vivem a repressão da Ditadura Militar no Brasil e veem na literatura seu modo de libertação.
Gabarito: D
A (correta) Tanto Gabeira quanto Marcelo perderam suas liberdades passadas, o primeiro a de expressão; e o segundo, a física. B (correta) Os dois autores se tornam prisioneiros das circunstâncias vividas; um por um acidente, e outro por opiniões políticas. C (correta) “Feliz ano velho” é o primeiro livro de Marcelo Rubens Paiva, o qual só foi escrito justamente por que o autor sofreu o acidente; caso não tivesse ocorrido, talvez nem se tivesse tornado um escritor. D (incorreta) Os dois escreveram seus livros durante o período militar, porém em situações e com propósitos literários diferentes; ademais, o filme retrata apenas um dos capítulos do livro “Babilônia” em que se narra o sequestro do embaixador norte-americano; a literatura para Marcelo é uma forma de libertação do seu acidente; enquanto a literatura do Gabeira é um testemunho político.
Questões abertas
QUESTÃO 4
Leia com atenção o fragmento retirado da obra Poema sujo, de Ferreira Gullar, para responder ao que se propõe.
A partir da leitura do poema, explique pelo menos dois sentidos que podem ser atribuídos ao adjetivo “sujo”, que compõe o titulo da narrativa.
Sugestão de resposta:
A obra de Ferreira Gullar “Poema sujo” foi escrita num processo de escrita intensa, semelhantemente a uma escrita automática, uma espécie de “vômito” poético. Essa é uma das possibilidades do sentido sujo, já que a escrita segue uma composição de vertigem, sem uma ordenação canônica da forma nem do conteúdo. Outro sentido está nas lembranças de espaços e situações em que o “sujo”, o “escatológico” o “horrível” se destacam, como se comprova nos versos acima com as palavras “apodrecer” e “feder”, por exemplo.
QUESTÃO 5
Leia com atenção os fragmentos dos livros Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva, e Apenas Rascunhos, narrativas curtas e medias, de Andrea Martins.
Texto I
As palavras, quando escritas, ganham sentimentos, mais verdade. Aquilo estava ali e não poderia ser apagado, enquanto a memória apaga facilmente. (PAIVA, 1982, p. 81.)
Texto II
Já faz seis meses que estamos aqui neste hospital, eu velando o sono no qual Luiza mergulhou desde o acidente com o ônibus que a levava de encontro à verdade de nossas vidas. Não há prognóstico para o futuro: ela pode ficar anos em coma ou pode acordar a qualquer momento. [...]. Não quero correr o risco de reencontrar minha paz, eu não a mereço mais do que as duas mulheres que amei e que de certa maneira morreram por minha causa. (MARTINS, 2013, p. 136.)
Escreva um paragrafo demonstrando como a memória e a escrita atuam diferentemente em cada narrador.
Sugestão de resposta:
Na obra de Marcelo Rubens Paiva, a escrita funciona como um registro nostálgico do passado, a fim de mantê-lo preservado, já que as experiências vividas, enquanto se podia andar, jamais poderão ser vividas novamente. Na obra de Andrea Martins, a escrita traz uma reflexão de experiências amorosas frustradas vividas que devem servir de lições para outros relacionamentos. Dessa forma, enquanto, em “Feliz ano velho”, a memória resgata momentos felizes; em “Apenas rascunhos”, a memória traz à tona as dores amorosas. Em ambos, a memória e a escrita servem como reflexões de experiências vividas, as quais devem ser lembradas como lições de vida, além de uma espécie de “purgação”.
As respostas acima são apenas sugestões. Não significa que respostas que tenham tido outra linha de pensamento em construção coerente com as perguntas estejam erradas, nem tampouco nossa sugestão significa a melhor resposta ou resposta ideal.
Este caderno traz cinquenta questões referentes às obras exigidas como leitura obrigatória para o Paes 3ª Etapa da Universidade Estadual de Montes Claros. São quarenta questões fechadas e dez questões abertas. Seguindo o estilo da Cotec, os exercícios visam à preparação do pré-vestibulando, proporcionando-lhe confiança para gabaritar a prova de Literatura, composta por quatro questões fechadas, peso três; e duas questões abertas, vinte pontos. Ao final, o Gabarito e as sugestões de repostas.
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