PROGRAMA DE AVALIAÇÃO SERIADA PARA ACESSO AO ENSINO SUPERIOR - PAES 2018
Caderno de Provas - 1ª Etapa
Gabarito Oficial - 1ª Etapa
QUESTÃO 11
Obra abordada: "Boca do inferno", de Ana Miranda
Comando: EXCETO
Gabarito: D "A obra faz coincidir sujeito histórico e personagem ficcional através do recurso à biografia".
Justificativa: A obra de Ana Miranda é um Romance Histórico, metaficcional, no qual há correspondência de algumas personalidades históricas com personagens; porém não se trata de um trabalho biográfico.
QUESTÃO 12
Obra abordada: "Auto de São Lourenço", de José de Anchieta
Comando: EXCETO
Gabarito: D " O Auto de São Lourenço assimila aspectos da mitologia indígena com a finalidade de promover a conciliação de valores religiosos contrários, propiciando a simpatia do indígena".
Justificativa: O trabalho catequético do padre jesuíta tem o propósito de instituir a fé cristã católica, eliminando a religião indígena; logo não há "conciliação", mas sim ruptura.
QUESTÃO 13
Obra abordada: "Primeira missa no Brasil", de Victor Meirelles
Comando: EXCETO
Gabarito: B "O assombro de portugueses e indígenas frente à figura central e elevada da cruz simbolizava o temor a
Deus que vem pela fé"
Justificativa: Na pintura, os portugueses se apresentam com respeito e devoção, não havendo assim "assombro" nem "temor"; os índios, por sua vez, apresentam-se de forma curiosa e observativa.
QUESTÃO 14
Obra abordada: Fotografias de Sebastião Salgado comparadas com a tela de Victor Meireles
Comando: EXCETO
Gabarito: C "A visão exótica de Meirelles sobre os indígenas é substituída, em Salgado, por um olhar imparcial das cenas cotidianas dos Awá-Guajá, não interferindo na composição da cena".
Justificativa: O olhar "objetiva" da câmara do fotógrafo é subjetivo, isto é, parcial, já que direciona seu olhar para um registro dos índios Awá-Guajá de acordo com objetivos já pré-estabelecidos, entre eles, dar a conhecer ao brasileiro não índio a existência dessa etnia e como vivem.
QUESTÃO 15
Obra abordada: "Contos indígenas", de Daniel Munduruku
Comando: EXCETO
Gabarito: A "Os mitos Kaigang presentes no conto são apoiados em eventos históricos narrados pelos ancestrais da comunidade"
Justificativa: A própria definição de "mito" contradiz o conceito de "evento histórico"; ou seja, mito é um relato fantástico de tradição oral, portanto não se trata de uma narração lendária e não fato histórico.
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO SERIADA PARA ACESSO AO ENSINO SUPERIOR - PAES 2018
Caderno de Provas - 2ª Etapa
Gabarito Oficial - 2ª Etapa
QUESTÃO 11
Obra abordada: "I-Juca Pirama" e "Canção do Tamoio
Comando: CORRETO
Gabarito: C "O conteúdo das composições enfatiza valores e qualidades simbólicos do índio, próprios ao objetivo de heroicização do orgulho nacional nascente dos oitocentos".
Justificativa: Durante o Romantismo (oitocentos), houve a necessidade de se idealizar o índio como representante de uma nação de independência recente.
QUESTÃO 12.
Obra abordada: "Iracema", de José de Alencar.
Comando: EXCETO.
Gabarito: D "Trata-se de uma adequada abordagem da representação do índio na literatura brasileira contemporânea"
Justificativa: A obra alencariana é uma representação indianista romântica, do século XIX, portanto não há referência ao índio na literatura contemporânea.
QUESTÃO 13
Obra abordada: "O jantar", de Jean-Baptista Debret
Comando: EXCETO
Gabarito: B "A centralidade da mesa de jantar sugere a larga produtividade agrícola do Brasil colônia, marcado pelas riquezas trazidas pela monocultura da cana de açúcar"
Justificativa: Não há nenhum elemento na tela que possa ser associado à cana de açúcar; ademais o ciclo açucareiro no Brasil mais intenso dada do século XVII; a tela de Debret é representativa do Brasil imperial do século XIX.
QUESTÃO 14
Obra abordada: “Lágrima do sul”, de Milton Nascimento; e “Brasil mestiço: santuário da fé”, de Clara Nunes
Comando: EXCETO
Gabarito: D "Ambas as canções apresentam uma visão pessimista acerca da futura condição das populações segregadas, condição originada de um passado com marcas no presente."
Justificativa: Na canção de Clara Nunes, lemos "não desesperar", "nós não deixaremos de cantar"; e em Milton Nascimento, lê-se "a canção segue torcendo por nós"; logo é uma visão otimista, de resistência e não pessimista.
QUESTÃO 15
Obra abordada: "Autorretrato", de Tarsila do Amaral; e "Série Polvo", de Adriana Varejão.
Comando: EXCETO
Gabarito: NULA
Justificativa: Obra selecionada para a 3ª Etapa; portanto, a questão deve ser ANULADA, por estar em DISCORDÂNCIA com o programa da 2ª Etapa conforme Edital. Logo, os estudantes devem entrar com RECURSO nesta questão.
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO SERIADA PARA ACESSO AO ENSINO SUPERIOR - PAES 2018
Caderno de Provas - 3ª Etapa
Gabarito Oficial - 3ª Etapa
QUESTÃO 7
Obra abordada: "Histórias de leves enganos e parecenças", de Conceição Evaristo
Comando: EXCETO:
Gabarito: NULO
Justificativa: Obra selecionada para a 2ª Etapa; portanto, a questão deve ser ANULADA, por estar em DISCORDÂNCIA com o programa da 3ª Etapa conforme Edital. Logo, os estudantes devem entrar com RECURSO nesta questão.
QUESTÃO 8
Obra abordada: "Abdias", de Cyro dos Anjos.
Comando: EXCETO.
Gabarito: D "As confissões do protagonista, frequentemente, constituem formas de reconstruir experciências vividas em uma atitude de fugacidade que recusa as percepções presentes".
Justificativa: O protagonista ficcionaliza um amor com a personagem Gabriela, a qual faz parte de seu universo presente; por isso não reconstrói experiências vividas, mas "constrói" uma realidade "platônica" para si.
QUESTÃO 9
Obra abordada: "O professor", de Cristovão Tezza.
Comando: EXCETO.
Gabarito: B "A recorrência a dados de pesquisas de institutos oficiais e a eventos históricos e a alusão a nomes da literatura universal conferem à narrativa um caráter factual e fidedigno".
Justificativa: A narrativa é construída a partir das impressões do protagonista que duplica sua voz com outra narrador em 3ª pessoa; trata-se de um texto de inflexões mentais, de caráter subjetivo; logo não há que se falar em "factual" e "fidedigno", pois o enredo passa pela parcialidade de seu narrador.
QUESTÃO 10
Obra abordada: "Caminho de Minas", de Élcio Lucas.
Comando: AFIRMAR
Gabarito: C "O conteúdo musical dos vocábulos e a música verbal da composição evocam uma mineiridade de tradições e fé".
Justificativa: Palavras e expressões como "caminhos", "esperança", "comina a coragem", "planta a verdade", "vida sofrida", "grossas raízes", "fé na terra", "ama o chão" confirmam a mineiridade de tradições e fé. A alternativa "A" está incorreta, pois não há "insólitas (incomuns/anormais) vivências". A alternativa "B" está incorreta, pois não há melancolia, ou seja, estado depressivo personalista do existir. A alternativa D está incorreta, porque não há "estados emocionais instáveis e diáfanos, ou seja, variável e vazio da identidade mineira, pelo contrário, a identidade é transparente.
- Certame assegurou crescimento e credibilidade nacional a universidade, diz reitor -
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) empossou, nesta quarta-feira (31/10), mais sete professores aprovados no Concurso Público. A solenidade foi realizada na Sala dos Conselhos (prédio da Reitoria), com as posses para os departamentos de Saúde Mental e Coletiva, Letras, Direito, Geociências e Odontologia. A cerimônia foi presidida pelo reitor João dos Reis Canela e pelo vice-reitor Antonio Alvimar Souza.
As posses seguem o protocolo do concurso, após as nomeações realizadas pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Esta foi a oitava solenidade de posse de aprovados no concurso público, cujas provas foram realizadas em 2014 e 2015, com a oferta de 637 vagas em 27 departamentos.
Na oportunidade, o reitor João Canela destacou que a realização do concurso, assim como a nomeação e a posse dos aprovados, proporcionou o crescimento e o reconhecimento da Unimontes em nível nacional. Ele lembrou que as 637 vagas abertas no concurso foram disputadas por 4.526 candidatos de todo o País. Ressaltou, ainda, a dedicação e o empenho da equipe responsável pela organização e aplicação das provas.
“A comissão responsável pelo concurso desenvolveu um trabalho extraordinário, que trouxe para a nossa universidade uma grande credibilidade nacional”, enalteceu, ao cumprimentar os empossados.
O vice-reitor Antonio Alvimar Souza destacou que a posse dos aprovados como mais uma conquista para a Unimontes. “A aprovação no concurso assegura estabilidade, possibilitando ao professor o exercício da docência de maneira mais tranquila”, observou.
Ele enalteceu a missão da instituição universitária. “A Universidade exerce um grande papel na sociedade. A universidade é o espaço do livre pensamento, de debate das idéias. É o espaço da diversidade e da pluralidade e da convivência com as diferenças”, enfatizou. O vice-reitor chamou atenção também para o exercício da ética na Universidade. “A ética deve pautada sempre por um princípio do fundamental: o respeito. A boa convivência só é possível se for respeitosa”.
AS PERSPECTIVAS DOS EMPOSSADOS
Os professores empossados na Unimontes ressaltaram a satisfação pela aprovação no concurso público e as perspectivas de ingresso efetivo na instituição superior. “Tenho mais um projeto profissional realizado. A minha expectativa é poder trabalhar e contribuir para a melhoria do ensino na universidade”, disse o professor Silvério de Almeida Souza Torres, aprovado para o Departamento de Odontologia.
A professora Patrícia Neves Guimarães, empossada no Departamento de Saúde Mental e Coletiva, afirmou que pretende colaborar também no processo de desenvolvimento regional. “Quero me colocar à disposição de todo o conjunto de professores e alunos da Unimontes para somar não somente no processo educacional, mas também contribuir com o crescimento da nossa região”, declarou a docente.
Outro que tomou posse como professor da Unimontes foi Luís Ricardo Fernandes da Costa, que trocou o Ceará (onde nasceu) pelo Norte de Minas. Ele deixou Fortaleza, onde fez graduação e concluiu mestrado e doutorado na Universidade Federal do Ceará (UFCE) para ingressar na Universidade Estadual de Montes Claros, por meio da aprovação no concurso público. Ele foi empossado para lecionar no Departamento de Geociências.
“Os servidores públicos engrandecem as instituições. A minha expectativa é de trabalhar com o tripé ensino, pesquisa e extensão e colaborar para formação de novos profissionais para a educação”, afirmou Luís Ricardo.
Fonte: Unimontes