Poesia premiada no Prêmio Cataratas de Contos e Poesia 2024
Colocação: 3º lugar
Foz do Iguaçu-PR
de volta ao lar
olho para a fazenda
e não mais vejo
a floresta das árvores lutadoras
nem os campos mortais de papoulas
nem macacos alados
nem ratos do campo
estou distante daquele maravilhoso mundo
as estradas daqui não são douradas
meus míopes óculos
enxergam um mundo cinzento
triste
diferente do verde esmeralda de
lá
deixei minha experiência
todo meu cérebro
com o espantalho
minha coragem
um leão a mereceu
meu coração
doei para um homem
que amaria de verdade
mesmo sendo de lata
lá
deixei meus sapatos
agora calço a dura realidade
desta existência
que me furtou o balão de oz
aqui
o espantalho me espanta
o leão me acovarda
o homem me aprisiona em sua lata
o ciclone se foi
e com ele
uma verdade que já não alcanço
nos braços
a me lembrar que não estou só
apenas me ficou
uma esperança
totó