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Márcio Moraes
no leito solidário de uma floresta altiva descansem por favor a minha poesia
Textos

Poesia premiada no 22º Prêmio Literário Paulo Setúbal – Contos, Crônicas e Poesias

Colocação: Menção honrosa

Tatuí-SP

 

senhor sabe

perigoso

é viver longe dela

estória

contada

cantada

encantada

 

vinda do morro

que nem recado

 

burrinho ensina o truque

é sete de ouro

manilha de começo de fim de jogo

carta que volta

pródiga que nem

vaqueiro selado na terra

 

sertaneja

 

doença de saudade se sara

com

palha de fumo tragado gostosa

sentado na margem terceira de rio

olhando distante a menina de lá

de fita verde no cabelo

 

aí então a vontade de partir

audaz navegante

mas só nenhum nenhuma

estória de amor é no campo geral

bonita é a noite do grande sertão

 

se o que há neste mundo

é ele o O

de tudo

o senhor mire e veja

o duelo é de dia

no meio do redemoinho

feito o mal feito

traição de judas

regra é lei

tem de vingar

 

gente minha solta nas veredas

do sertão

capelinha de santo só

tem deus

pedir são marcos da abadia

proteção contra verdes olhos

mirados no espelho

é coisa lá dele

do demo

corpo fechado

 

doutor põe óculos

 

travessia longa

é a vida

que engana até jagunço

que se revela no fim

 

tudo bem

grosso e misturado

mistério o senhor põe reparo

nas conversas de bois

que nem gente encantada

 

tranquilo fica pode ficar

marca no corpo é coisa pequena

a alma leva para sina

a regra chega

demora nada é esperar

a hora e a vez

da pauta

 

nonada

Márcio Adriano Moraes
Enviado por Márcio Adriano Moraes em 02/08/2024
Alterado em 02/08/2024
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