a Florbela Espanca
Ó Flor de um Alentejo, irmã do sonho,
Perdida pelo mundo do destino,
Que lhe tirou precoce o senso, o tino,
Deixando em sua vida amor tristonho.
Foi um livro de mágoas, enfadonho,
O terço matrimônio, além do trino
Atentado, suicídio. Seu menino,
Aquele irmão querido, bem suponho,
Partiu num avião da terra além.
E será mesmo aquela que ninguém
Vê passar, em amar só por amar?
Bela de um Alentejo, que se visa,
Seus versos permanecem, poetisa,
De Flor e de Beleza um Espancar.