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Márcio Moraes
no leito solidário de uma floresta altiva descansem por favor a minha poesia
Textos

Máquina de Escrever

 

Seus dedos a teclar o meu teclado,

Cada letra batida em força aguda,

E de preto a vermelho a letra muda

Seu tom e sua cor e seu traçado.

 

O som de minha máquina, agitado,

Tal tropel que aos ouvidos assim gruda,

Faz a arte trabalhar com muita ajuda

Do poeta em seus versos o seu brado.

 

Parceira do escritor à moda antiga,

Que gosta de sentir o cheiro almaço

Do papel se escrevendo em vivo espaço.

 

Mecânica que nunca se desliga,

A datilografia, essa obsoleta,

Faz de mim do poeta uma caneta.

Márcio Adriano Moraes
Enviado por Márcio Adriano Moraes em 01/03/2022
Alterado em 22/12/2023
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