Soneto premiado no 1º Concurso de Soneto Clássico da Academia Internacional da União Cultural (2021)
Colocação: 3º lugar
Taubaté-SP
O menino no banco ali sentado,
Com o olhar no celeste azul distante,
Com as mãos em seu peito bem clamante,
Uma súplica aos céus dirige em brado...
Ao nascer, um menino abandonado,
Orfanato, a morada deste infante,
E ninguém conheceu a mãe gestante
Que deixou o rebento encaixotado.
Aproximo-me dele para ouvir
A oração de seus lábios, curioso,
E nos meus olhos pranto doloroso
Ao saber qual a prece o fez pedir
Para Deus que o desejo concedesse:
“Quero tanto que minha mãe nascesse!”