Não! “A gente não vive sem a graça.”
Que seria do mundo sem humor?
Sem a leveza das artes e amor?
Sem a existência do riso que enlaça?
Mas o vírus tirou o ator da praça,
O arco-íris do palco e sua cor,
A vida-marte e, seja como for,
O talento que a todos nós abraça.
Se não acreditar, será que cola?
Não, a verdade dói mais que a partida,
E fica a lágrima de olhos vertida
Pelo adeus a este mundo que se isola.
Em outra tela, a nova arte começa,
Ó Paulo, tu eras mesmo uma peça!