Sim, a velha charrete ainda existe,
Não mais viva naqueles teus terrenos,
Em que nela dormíamos serenos,
Sob luzente cruzeiro que tu viste.
Ao tempo nada pode nem resiste,
E corpos se esvaziam hora plenos,
Hoje, não mais estrelas para acenos,
Nossa constelação do peito é triste.
Adiantou promessa tão insana?
De vivermos unidos na choupana?
Tu primeiro de mim, vida tão rápida,
Partiu para o mistério sem perdão.
E minha hora aqui espero neste chão,
Olhando este cruzeiro em tua lápida.