Genuíno é o livro de estréia do poeta Márcio Adriano Silva Moraes. A sua obra tem escrita solta e simples e é um momento único na literatura montes-clarense com a participação de uma nova geração dos poetas ativos. “Escrever é fácil, difícil é inscrever. Um poema pode nascer mais idoso que seu criador e tornar-se mais jovem com o passar dos dias.
O poema está sujeito a intempéries que muitas vezes transformam-no completamente” disse-nos o poeta. Assim é o livro Genuíno de Márcio Adriano, o retrato exato da nova safra de poemas livres e soltos nestes tempos ditos pós-modernos.
É interessante notar também o gosto do autor pelas formas clássicas que ele utiliza na composição de seus poemas. O quadro das Sete Maravilhas do Mundo, composto de belíssimos sonetos, nos dá uma idéia da responsabilidade cultural do autor com os assuntos sérios e de interesse coletivo.
A influência poética de tempos passados, garimpados nos livros dos grandes autores, sempre estará presente na escrita de obras pensadas e repensadas como Genuíno. Encontramos os nomes de Olavo Bilac, Fernando Pessoa, Álvares de Azevedo e Ítalo Battarello o que se explica o esmero do autor na construção de sua bela obra.
Márcio Adriano não é um desses poetas de gabinete. Esses que empilham montes de papéis e depois os guardam em gavetas condenadas ao esquecimento. Não. Márcio Adriano é, sim, um domador do verbo, um malabarista do verso, um encantador das palavras.
Os poemas do livro Genuíno têm o poder desse encantamento. Certamente que todos aqueles que fizerem a leitura completa dos poemas de Márcio Adriano, farão também uma viagem ao mundo das palavras.