Márcio Adriano Moraes e Franscino de Oliveira Silva

Em um pequeno caderno, Euclides da Cunha traça seus poemas ao lado de cálculos, estudos de crítica, geografia, filosofia e história. Quatro desses poemas merecem destaque por confirmarem a posição política do autor; trata-se dos sonetos "Dantão", "Marat", "Robespierre" e "Saint-Just", os quais constam em sua obra Ondas (1883), publicada postumamente. Tais expoentes da Revolução Francesa (1789) são ovacionados pela lírica de Euclides da Cunha, o qual assume, assim, a sua veia republicana de cunho francês. Este trabalho visa demonstrar como os ideais da Revolução Francesa estão presentes na escrita euclidiana desde sua composição poética a sua obra máxima Os Sertões. Neste estudo, o diálogo entre História e Literatura mostra como a sensibilidade do poeta é capaz de registrar a vida e os feitos desses revolucionários franceses com maestria estética e encomiástica, mediante o recurso das figurações estilísticas. A história inspirando a Literatura, e esta expirando aquela.

Márcio Adriano Moraes

09/05/2013

21/12/2013

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