A poesia é a lâmina que melindra a alma,
Que revela horizontes e destrói trincheiras,
Clareza reluzente de uma tarde de aurora,
Alva flor rósea de caminhos e alamedas.
São magnas tropas de vocábulos em tropo
Feitas para corações sensíveis e loucos.
Amadas gritarias no alto do topo
De grandes mentes inexprimíveis em fogo.
A poesia não é santa, por malícia, encanta,
E, quando morta, revive a pessoa que se ama.
Uma droga que dopa a sensibilidade
Através de uma orla de amabilidade.
Ser poeta é ser um condor que voa e cava,
Que diz tudo ou nada, apenas com uma palavra.