Nesta terra dos gerais de grandes bases artísticas, cavo com palavras poéticas o interior de minha cidade. Não só terra natal, do qual brotei do ventre materno, mas também o espaço que me percorreu toda a vida. Aqui me fiz menino, jovem e me faço adulto. Nutro amizades, família e solidifico minha carreira de profissional das letras. E, por onde meus pés me levam, na bagagem de mão, bem próxima ao peito, carrego seu nome, Montes Claros. Como uma luz que tenho firme para que ilumine meus passos. Nem tudo, porém, é belo como a flor do pequi. Mas aprendi a roer esse fruto sustento de meu sertão. Assim, resisto às pedras que me encaram e delas faço, como Drummond, uma poesia. E que seja esta minha Princesa do Norte cada vez mais forte, até que, num dia desses que não nos conta, torne-se rainha de uma coroa que restaure sua alteza, tornando-se majestade. (Márcio Adriano Moraes)