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Márcio Moraes
no leito solidário de uma floresta altiva descansem por favor a minha poesia
Meu Diário
23/11/2014 23h06
Unimontes 2014 Paes 3ª Etapa - Comentário da Prova de Literatura

PROVA FECHADA

Questão 7
A (correta) Os fatos são retratados com uma linguagem sensível e poética. 
B (incorreta) A viagem NÃO é metafórica, ela é real. Durante essa viagem real, a autora faz uma viagem urdida em sua
imaginação, através de suas leituras e recordações.
C (correta) As intertextualidades estrangeiras e nacionais estão em praticamente todas as crônicas.
D (correta) Já na sua segunda crônica, a autora explica ao leitor por que está escrevendo, portanto metalinguística. 

Questão 8 
A (correta) Os textos de Bonassi são múltiplos em temáticas, vozes e espaços. 
B (correta) Todas as páginas possuem uma imagem que dialoga com o texto verbal, ampliando as significações. 
C (incorreta) O gênero narrativo NÃO é policial! Ele escreve instantâneos, minitextos que possuem características 
híbridas. Lemos textos que trazem várias temáticas. 
D (correta) A técnica narrativa é marcada pela velocidade da contemporaneidade. 

Questão 9 
A (correta) As experiências passadas, bem como acontecimentos casuais estão nos textos dos três autores, Caetano, Lygia e 
Bonassi. 
B (correta) A poeticidade está presente nos textos de Caetano e Lygia, uma das razões é por serem crônicas de vivências 
pessoais. 
C (correta) A escrita de Bonassi já é antecipada pela imagem da lâmina na capa, cortante, violenta e transgressora. 
D (incorreta) As narrativas memorialístas NÃO são acríticas; há, sim, textos críticos. Em Lygia, vemos denúncias acerca 
de ações brasileiras, como demolir prédios e a falta de preservação do verde; em Caetano, lemos um tom de indignação pela perda de alguns monumentos e costumes na crônica "Dias fugazes", por exemplo. 

Questão 10
A (correta) As palavras de Nhinhinha têm força transformadora, bem como o canto da mãe e filha de Sorôco, representando 
uma nova forma de traduzir o mundo. 
B (correta) Um dos principais foco de Rosa é justamente colocar em "Xeque" os limentes entre loucura e razão. 
C (incorreta) Em "A menina de lá", o "mundo do inatingível ou inexplicável é expresso pela ótica da criança", que é 
Nhinhinha; mas em "Sorôco, sua mãe, sua filha" não podemos afirmar isso, pois o protagonista é Sorôco. Apesar de ter a filha, cuja idade não é revelada no conto, não podemos reduzir a reflexão apenas a ela. 
D (correta) Essa alternativa é justamente a reflexão proposta por Rosa, de olhar o ser humano de uma outra forma. O que 
existe não é nem louco, nem são, nem santo, o que existe é "homem humano, travessia". 


PROVA ABERTA

Questão 4
No fragmento de Lygia Fagundes Telles, a autora observa uma cena em Praga, Tchecoslováquia, que a faz pensar no Brasil. 
Em suas palavras lemos, "brasileiros sem creche, sem escolas e sem hospitais". Apesar de mencionar a compensação da beleza, a autora crítica a nossa realidade social de problemas básicos, como saúde e educação. No texto de João Caetano Canela, mediante o uso da "anáfora", o autor distingue aqueles que têm dos que não têm. Em suas palavras, percebemos uma crítica voltada para o povo que é iludido, tratado sem prestígio, mas que não perde a esperança. De acordo com as palavras de Antoine Compagnon, os dois autores produziram textos de que mostram suas opiniões acerca da sociedade, em tom de desacordo. Portanto, fica evidente a função denunciativa e reflexiva da Literatura ante a sociedade. O escritor assume uma postura daquela que acompanha o movimento do mundo para produzir a dissensão, o novo, a ruptura. 

Questão 5
João Guimarães Rosa é conhecido por ser um escritor que explora a potencialidade da linguagem. No conto "A menina de lá", 
o advérbio do título pode ser entendido de várias formas. Em se tratando de uma menina diferente, cujas ações eram incompreendidas pelos seus parentes, Nhinhinha pertenceria a outro plano, como se tivesse vindo de um lugar transcendente. Como o lugar de seu nascimento é conhecido por "Temor de Deus" e seus atos são tidos por milagres, este "lá" pode ser entendido nesse sentido, de um espaço pertencente aos santos, ao divino. Nhinhinha também pode ser de um "lá" cujas palavras estão no campo do poético, da sensibilidade que não é compreendida por pessoas comuns. O "lá", portanto, seria um universo diferente da linguagem, estando no campo da criação literária. 

 

Publicado por Márcio Adriano Moraes
em 23/11/2014 às 23h06